Ser forte, mandar


Ser forte, mandar
para que o mundo não se abra a meus pés
Para que não tenha que me matar.
E tu mãe que me disseste
Os homens a terra o mar, que me propuseste
O sacrifício e o altar, também sentes este ódio
Esta raiva, também vês o mundo a desfilar?

Carlos Luís Bessa


Não sei muito bem porquê, este poema chamou-me à atenção. Senti ao lê-lo que quem o escreveu, sente o mundo a desabar a seus pés e não tem explicação para tal. O sujeito poético sente-se repugnado pelo mundo. Sente que ou domina ou é dominado pelo mundo. No poema há também uma enorme raiva, daí o questionar a mãe. O pergutar-lhe se também ela sente o mundo assim.


Gabriela